Foi uma decisão muito séria a que tomamos quando decidimos morar juntos. Eu estava muito feliz apesar de que meus irmãos (Carol:15 e Rafael:13anos) e meus primos(Henrique:12 e Gabriel: 13anos)iriam conosco, não seria como nossos filhos, mas já começaríamos a nossa vida com uma família grande, assim como nós queríamos.
Minha mãe era corretora, quando faleceu, herdamos as casas que ela alugava, entre elas tinha uma em que morei quando pequena, no Cruzeiro. Foi essa que escolhemos para irmos morar.
A chegada na casa foi uma bagunça, as crianças sairam correndo e escolhendo seus quartos, a casa tinha 4 quartos, Carol e Rafael escolheram um quarto pra eles dois assim como Henrique e Gabriel fizeram o mesmo.
Sobrou 2 quartos, um no primeiro piso e um no terceiro piso. O do primeiro piso estava muito limpo e bem cuidado, parecia perfeito. Já o do terceiro piso, era enoooorme, estava muito sujo de pó, tinha um guarda-roupa gigante, e tinha uma varanda bem grande, a parede que separava varanda e quarto era toda de vidro. Era belíssimo e ao mesmo tempo assustador, mas a minha escolha não foi outra, eu e meu futuro esposo iríamos dormir ali, seria o nosso quarto.
Enquanto o quarto não ficava pronto, dormimos no primeiro piso.
No dia seguinte saímos todos para explorar a casa e foi ai que várias coisas estranhas começaram a acontecer.
Descemos todos para o jardim e quando chegamos lá começamos a ouvir vozes que vinham da casa, vozes estranhas, não parecia de fantasma, mas de personagens de um desenho animado. Fiquei brava é claro, mal tínhamos chegado e os meninos já estavam deixando a TV ligada sem ninguém assistindo.
Quando entrei soltei um grito e todos vieram me acolher, o que fazia barulho não era a TV e sim bonecos de bichinhos, eles estavam vivos, conversando entre si.
- É essa? Tem certeza? - disse o pato branco um dos bichinhos
- Mas ela é adulta! - indignou-se o patinho amarelo
- Agora já era pra recuar, ela já nos viu - disse o cachorro
Eram bichinhos parecidos com aqueles de borracha, quando eu olhava pra eles tinha a impressão de estar louca e que toda aquela movimentação havia mexido com a minha cabeça.
Mas não, enquanto eu estava caída no chão por causa do susto, todos saíram correndo pra brincar com os bichinhos. Foi incrível como se tornaram amigos logo, eu nem procurei entender aquilo*. Continuamos vivendo naquela casa, agora nossa família tinha aumentado mais quatro, o Pato Branco: Parecia o mais experiente de todos, o Patinho Amarelo: parecia um patinho de borracha de por na banheira, o Cachorro, era um salsichinha, tinha o psicológico do cachorro do filme Toy Store, e por ultimo a Gatinha, que lembra muito da Marie.
Certo dia combinamos de arrumar o quarto do terceiro piso, as crianças foram lá fora na varanda e voltaram correndo contando que tinha piscina, sauna e banheira. Enquanto elas brincavam lá fora, eu e o André, meu noivo, fomos olhar o armário.
Quando abrimos eles estava muito sujo de pó e tinha muitas roupinha que parecia de uma pessoa pequena. Peguei uma meia que tinha na prateleira de cima do armário, ela era bem grande, enfiei meu braço dentro e ela terminava no meu cotovelo, era de periquito, super fofa. Foi quando eu estava prestando atenção nos detalhes da meia que ouvi um choro de bebe que vinha de dentro do armário. Mas uma vez gritei de susto e cai aos pés de André que também estava assustado. Não sei por que, mas eu sabia que quando eu tirasse o bebe do armário, ele seria todo deformado, mas mesmo assim, cheguei mais perto, enfiei a mão dentro do armário, senti o bebe, o peguei e trouxe para a fora.
Eu estava errada em parte, o bebe não estava deformado, a não ser pelo olho direito que era amarelo, o que imaginei que ele era cego daquele olho, mas mesmo assim, me assustei e deixei o bebe com André.
Como se não fosse o suficiente tudo que estávamos vivendo naquela casa, o bebe começou a falar, mas não como os bebes normais, ele estava falando que nem um adulto.
Nossa, Pipoka... Eu tenho sonhos beeeem estranhos, mas o seu tá superando.
ResponderExcluirBjos